sábado, 25 de junho de 2011

Beleza Fatal


8 de novembro de 1956, Castellamare di Stabia, sul de Nápoles, Itália.


A máfia é uma grande criadora de mitos. Desde o século XIX, vem ocupando o imaginário popular com uma combinação de mitologia e terror. As origens desta organização criminosa siciliana remontam ao século XIX, mas mesmo a origem do nome é obscura. Já no século XX, a máfia exercia sua autoridade sobre os camponeses e, havendo se formado uma sociedade secreta com uma estrutura formal, além de uma comissão executiva central, e seus membros impunham medo e respeito. O poder econômico da máfia e seu controle sobre as pessoas comuns lhe concederam aproximação com os políticos, que passaram a contar com a máfia para angariar mais votos. Em troca destes acordos espúrios, a máfia italiana recebia contratos milionários para obras públicas em valores de centenas de milhões de dólares. Apesar de a palavra máfia descrever um fenômeno único, há grande diferença entre as organizações em diferentes partes da Itália. Todas elas se caracterizam pelo uso extremo da violência, pela intimidação e pela imposição do silêncio, todas exercendo controle sobre a população local extorquindo dinheiro e assassinando seus desafetos.

A Camorra de Nápoles é um conglomerado indefinido de famílias mafiosas com uma estrutura informal, onde mulheres com coragem, beleza e autoridade suficientes podem determinar seus próprios métodos de ação e violência. A máfia evoluiu no mesmo ritmo da sociedade contemporânea, enquanto as mulheres italianas entravam para o mercado de trabalho, as mulheres mafiosas passaram a se infiltrar nas instituições, comprando negócios legítimos e foi apenas uma questão de tempo até elas chegarem a postos executivos de comando, e então, poderem exercer seu poder plenamente. As medidas anti-máfia aprovadas pelo governo italiano levaram vários chefes mafiosos para prisões de segurança máxima, mas, a máfia, versátil como sempre, adaptou-se as novas condições e as mulheres foram a chave das mudanças. O rigoroso ataque da lei deixou muitos clãs mafiosos sem líder, na maioria dos casos, o chefe se viu obrigado a passar a gerência dos seus negócios ilícitos para a esposa ou para suas amantes, que se tornaram assim, chefes de fato. As mulheres mostraram-se ainda mais defensoras dos valores tradicionais da máfia do que os homens. Mostraram-se elas mais retrógadas e muitas se agarraram à segurança que conheciam no submundo proporcionado pela riqueza e pelo poder, em vez de se arriscarem a mudar seus destinos no submundo do crime. As mulheres passaram a assumir a responsabilidade moral por suas ações criminosas, tornando-se muitas vezes frias, implacáveis, vingativas e não raro verdadeiras máquinas mortíferas, muitas vezes, se utilizando de sua beleza e poder de sedução para exterminar seus adversários. Neste contexto social, surgiu uma bela jovem de nome "Assunta Maresca", criada em Castellammare di Stabia, uma cidadezinha ao sul de Nápoles, a única menina em uma família de quatro garotos. Quando adolescente era miúda, bonitinha e muito mimada pela família toda. Ela recebeu o apelido de "Pupetta", bonequinha. A família dela controlava Castellammare e defendia seu território com extrema violência. Eram conhecidos como os "Lampetielli", relâmpagos, por causa de sua reputação com o manejo hábil de facas e armas de fogo. Aos dezesseis anos, Pupetta Maresca era famosa por sua beleza e era ciumentamente vigiada pelos irmãos, que agredia ela se acaso atraísse olhares masculinos sobre seu belo e escultural corpo. Quando a jovem começou a ser cotejada por um poderoso camorrista, Pasquale Simonetti, conhecido como "Pascalone `e Nola", dez anos mais velho do que ela, um rico "guappo", chefão ao velho estilo mafioso. Seus irmãos não ofereceram a menor resistência ao velho mafioso ao saberem de suas intenções matrimoniais com a jovem bela e sedutora Pupetta. O casamento entre eles foi realizado em 1955, sendo um grande acontecimento, com mais de quinhentos convidados, e toda cidade compareceu para desejar-lhes felicidades. A maioria das pessoas lhes deu os tradicionais envelopes recheados de dinheiro, enquanto muitas outras lhes trouxeram jóias. A bela Pupetta levou algum tempo para acostumar-se a seu novo "Status" na mansão do marido. Pela manhã, havia uma fila de pessoas diante a sua casa, trazendo presentes de vinho ou queijo para seu marido e pedindo a sua ajuda para suas dificuldades cotidianas. A Camorra sempre gozou de consenso social em Nápoles e o camorrista fazia com que as pessoas respeitassem as regras dos vilarejos. A Camorra movia-se em um universo de moralidade relativa com o qual nem a polícia e nem o clero se preocupavam em condenar, ou mesmo combatê-lo. O marido de Pupetta, Pascalone, controlava os preços de mercado para verduras e frutas em Nola e cobrava sua parte nas vendas. Mas havia também outro pretendente à destacada posição de fixador de preços, um gângster chamado Antonio Esposito, conhecido pelo apelido de "Tony", que como o marido de Pupetta, havia amealhado fortuna e conexões mediante o contrabando de cigarros. Às onze horas da manhã do dia 16 de julho, Pupetta soube que seu marido tinha sido baleado na barriga e estava perdendo muito sangue. Em menos de duas horas, o tiro no estômago de Pascalone o levou a óbito. Pupetta soubera que Antonio Esposito estava por trás de tudo. Ele pessoalmente desferira o tiro fatal contra seu marido. Depois da morte do marido a jovem permaneceu em seu lar de casada, passava horas a fio lamentando seu destino, seus sonhos de felicidade destruídos. Logo a jovem descobriu-se grávida do marido e passou a arquitetar a sua vingança. Pupetta não podia deixar que a morte do marido ficasse impune, isto seria menosprezar sua reputação e roubar seu "Status" de viúva de um importante chefe da Camorra. A jovem sabia muito bem que precisava exercer a sua vingança de forma implacável e mortal para resguardar a sua reputação de "mulher de honra". A jovem conhecia muito bem os sentimentos libidinosos do assassino do seu marido e decidiu que usaria o apelo sexual do seu corpo para seduzi-lo e matá-lo com as suas próprias mãos. A jovem sedutora fez chegar aos ouvidos do assassino, "Tony", que ela estava disposta a "servi-lo" de todas as formas possíveis para poder contar com a sua proteção e segurança. Em um breve intervalo de tempo o assassino fez chegar ao seu conhecimento que desejava possuí-la e partilhar da sua cama. A cupidez do assassino fez os eventos se desencadearem e a sua vingança tomou forma com uma frieza implacável e sanguinária. Tony era um dos mais temidos matadores da Calábria, o "Oeste Selvagem da Itália". Com quase cinqüenta anos, já se encarregara de centenas de execuções para outras famílias mafiosas, e ocupava um importante cargo executivo na Camorra local. Começara sua carreira nos pequenos vilarejos da Campânia, ameaçando, ferindo e matando quando as operações de agiotagem do chefe exigiam. Sua arma preferida naquele tempo era um golpe de caratê que tinha aprendido com os americanos durante a II Guerra Mundial. Este golpe podia incapacitar ou matar a vítima, dependendo da parte do corpo atingida. A precisão de Tony era famosa, assim como a rapidez de seus reflexos. Ele se mantinha em forma com exercícios duros e constantes e com as brigas que provocava para se divertir. Isso mudou quando Tony ajudava um colega a consertar um carro, e o dedo médio de sua mão esquerda ficou preso numa prensa de metal. Os médicos foram capazes de salvar o dedo ferido, mas, após as duas cirurgias a que Tony se submeteu, continuou rijo nas três juntas. Ficava espetado no meio da mão, num gesto irônico de "foda-se" para o mundo. O defeito divertia Tony e logo lhe deu uma idéia. Começou a treinar o dedo para transformá-lo numa arma. Concentrava todo o peso do corpo no dedo, quebrava tábuas e tijolos. Doía, mas os tendões foram se tornando fortes como a pedra. Desenvolveu tão bem a nova capacidade que ela virou marca registrada. Tony golpeava a vítima, de repente, nos órgãos sexuais, no estômago ou nas costelas, e observava sua agonia no chão. Para produzir morte instantânea, bastava um golpe na traquéia ou no olho. Vários estágios de dor eram possíveis de acordo com a velocidade e a força do dedo. A reputação do exterminador se espalhou. "O Dedo" virou uma celebridade que acovardava os adversários. Tony não tinha imaginação, mas era inteligente e cruel, e orgulhava-se de sua arte. Gostava do respeito que inspirava nos colegas. Com mais de um metro e oitenta de altura e pesando noventa e cinco quilos, Tony parecia esculpido em pedra. Não havia o menor sinal de humanidade naqueles olhos negros vazios. Evidentemente, não matava por prazer nem por dinheiro, mas sim por orgulho, orgulho de ser um predador. Tony era meticuloso e tendia a usar frases incompatíveis com seu grau de educação. Era conhecido por se desculpar amavelmente com as vítimas antes de feri-las ou matá-las. Pupetta e Tony se encontraram e ele a olhou com suspeita, mas com ar divertido, erguendo uma sobrancelha. De tão rude, seu rosto parecia esculpido em pedra bruta. Os olhos negros pousaram na bela jovem com a mesma calma desumana, lembrando um réptil. Quando a porta do quarto se fechou, Tony pegou uma garrafinha do bolso e serviu-se de uma dose, sem oferecer a Pupetta. Depois, ligou a televisão e ficou bebendo. As sobrancelhas cerradas e o nariz adunco davam a seu rosto um ar selvagem. O dedo rígido ficava apontando para frente, enquanto segurava o copo. Pupetta sentou-se em um sofá e fingindo descontração deixou a sua mente trabalhar num ritmo febril. Ela conhecia muito bem a reputação de Tony, sabia que ele era um dos melhores em sua profissão. A jovem não dizia nada, porque sabia que era inútil tentar comover o gelo de Tony ou provocar sua simpatia. Esta atitude serviria apenas para alertá-lo e ela não queria isso. O plano dela era o de atacá-lo de forma bem mais sutil, inteligente e letal. Ela ficou satisfeita quando ele pediu uma pizza, como previra. Também não queria se arriscar saindo do sofá. A pizza chegou às sete horas e Pupetta se dirigiu para a cama do quarto. A jovem não pegou nenhum pedaço de pizza e observou Tony mastigar vagarosamente um pedaço com a vista nas imagens da TV, sem se preocupar em mudar de canal. De vez em quando ele soltava um arroto baixinho, mas não se desculpava. Pupetta escovou seus dentes e permaneceu sentada na cama durante meia hora, assistindo à TV, para esperar que Tony terminasse o seu jantar. Depois, levantou-se e abriu o zíper da saia.

- Vou tomar um banho - avisou. Posso deixar a porta aberta?

Sem dar respostas, Tony foi até o banheiro e acendeu a luz. A banheira estava limpa e havia um sabonete embrulhado. Pupetta arrumara seus artigos de higiene na penteadeira ao lado da pia. Tony voltou ao quarto, ainda mastigando o último pedaço de pizza.

- Pode deixar a porta aberta - avisou, sem olhá-la.

Pupetta despejou o pequeno frasco de banho de espuma na banheira e abriu a torneira de água quente. A jovem saiu do banheiro de a anágua, e colocou a saia dobrada sobre a cama. Depois soltou o sutiã e o colocou, dobrado, ao lado da saia. Tirou a anágua, puxou o cabelo para o alto e procurou na bolsa um grampo, prendendo-o. Os seus seios delicados ficaram delineados contra a luz do banheiro, quando ela ergueu os braços. Por último, tirou a calcinha tanga transparente branca, que também pôs na cama. Já nua, deu as costas para Tony e encaminhou-se silenciosamente para o banheiro. Os olhos de Tony, aparentemente, continuavam presos à televisão. Ele serviu uma nova dose de uísque no copo de cristal da sua residência. Os olhos dele não se desviavam da tela da TV. A água do banheiro parou de correr. O murmúrio da televisão era o único som no quarto até ouvir-se o ruído de um pé na água. Pouco depois, ele ouviu o som do corpo instalando-se na banheira. Ele continuou olhando para a televisão por um bom tempo. Quando ele terminou a bebida, foi por curiosidade, até o banheiro. A banheira estava cheia de espuma perfumada que cobria Pupetta toda, dos seios aos tornozelos bem torneados. Seus ombros eram um prazer para os olhos.

- Como pode ver, não há ninguém aqui além de mim - disse ela, sem se mexer, com ar amável.

A expressão dela era confiante e obediente, mas surgiu algo no fundo de seu olhar ao observar a mão do homem.

- Como o seu dedo ficou assim? - perguntou ela baixinho.

-Foi um pequeno acidente - explicou ele, sorrindo orgulhosamente. - Faz tempo e não doeu nada.

Um brilho de admiração surgiu nos olhos de Pupetta.

- Aposto que já feriu muita gente com ele - murmurou.

Tony concordou com um gesto modesto, movendo o dedo no ar. Ela mexeu-se na água e as aréolas retinhas, de mamilos intumescidos, surgiram da espuma.

- Posso tocá-lo? - perguntou ela.

Tony lançou-lhe um olhar desconfiado.

- Só uma vez - pediu ela, num tom bajulador. - Para sentir sua força.

O orgulho enfraqueceu a cautela do assassino. Tony sentou-se na tampa fechada da privada e pôs a mão na borda da banheira, com o dedo rijo apontando para Pupetta. A delicada mão da jovem moveu-se, hesitante, aproximando e voltando, como se aquele dedo terrível a amedrontasse e fascinasse ao mesmo tempo. Finalmente tocou-o. Primeiro passou os dedos de leve, depois mais carinhosamente e mais ainda.

- É tão duro... - suspirou, cheia de admiração. - Duro como pau.

Ela foi escorregando a mão ensaboada e apertou o dedo dele gentilmente. A respiração foi ficando curta enquanto ela olhava para Tony.

- Você já... - perguntou numa voz tímida, sorrindo -... Já usou isso numa moça?

Tony ergueu as sobrancelhas surpreso com a pergunta dela. A jovem nua na banheira não largava o dedo aleijado. Agarrava-o com possessividade feminina, como se atraída por sua crueldade. Ele não disse nada, mas tirou o dedo do aperto macio. Ela começou a mover a palma da mão langorosamente, para cima e para baixo, sobre as juntas endurecidas do dedo.

- É tão gostoso... - comentou. - Tão duro, tão firme...

Pupetta olhou-o sedutoramente dentro dos olhos. A opacidade transformou-se num evidente interesse.

- Você... Usaria comigo? - perguntou ela.

Os olhos de Tony não deixavam os dela. Como um animalzinho flexível, a mão massageava o dedo, deslizando ritimadamente.

- Estou morrendo de tesão - disse ela. -Você parece tenso, podemos relaxar juntos, você tem o direito... Se quiser...

Tony voltou aos modos de um réptil como se estivesse pensando no prazer que encontraria no corpo macio e perfumado da jovem. Depois, vagarosamente, abriu o botão do punho da sua camisa e lentamente enrolou a manga. Ele olhou para os frascos de perfumes na penteadeira e encarou Pupetta de novo. Ela o olhava com expressão de desejo e encorajamento. O assassino enfiou delicadamente a mão dentro da água, entre as pernas dela. Não afastou os olhos enquanto o dedo penetrava a vagina da jovem. Ela agarrou a mão dele, puxando o dedo para dentro e para fora, soltando gemidos lascivos enquanto se movia na água. Tony sentia a carne escorregadia dela como se fosse espuma. Sua mão tocava as coxas macias enquanto o dedo médio masturbava a jovem, cujos peitos sacolejavam acima da espuma. Pupetta percebeu que os olhos negros do matador começavam a se anuviar enquanto ela mexia o corpo na água. Ela percebeu que o pênis de Tony, de tão duro que estava já forçava dolorosamente sua calça.

- Quero você todinho - murmurou ela, puxando o dedo com gemido excitado.

Tony franziu o cenho, sua respiração foi ficando apressada enquanto ele olhava para a jovem. A indecisão se estampara em seu rosto. A jovem estava excitada, e Tony orgulhava-se de sua reputação de homem confiável e viril.

- Por favor, Tony - murmurou a jovem, num tom de voz que traía urgência. - Venha, vamos fazer amor, eu quero muito... Vamos!

A mão molhada dela segurava seu joelho. Ele viu a linha perfeita das costas macias dela, a delicada caixa torácica e os seios firmes quando ela se curvou para frente. A mão dela chegou entre as pernas de Tony e como um passe de mágica, o zíper da calça dele se abriu e o seu membro se expôs ao ar quente do banheiro. Os olhos de Pupetta o admiraram, enquanto continuava prendendo o dedo dele entre as coxas. Tony tornou a olhar as caixas de perfume sobre a penteadeira. Pareciam ajudá-lo a decidir-se. Ergueu-se da privada e a calça lhe caiu aos pés.


Ele olhou para o próprio pênis, ereto, a ponta melada de sêmen, e desviou o olhar para a jovem.

- Venha - pediu ela, com a voz gutural. - Não me faça esperar.

Calmo e orgulhoso de suas habilidades viris, Tony despiu-se e parou diante dela, com o peito erguido. A excitação do homem estava tão terrivelmente insuportável que gotas de desejo escorriam da ponta de seu membro indo parar nos testículos grandes e pesados. O liquido da excitação dele deixavam todo o corpo rígido do falo e dos culhões brilhando de secreção.

- Oh, Deus... - murmurou ela, admirada ao observar a rigidez do falo e os pingos do tesão dele. - Que macho tesudo...

Ela ergueu os braços, chamando-o, com o busto erguido e os joelhos separados no meio da espuma. Tony entrou cuidadosamente na água, sobre ela, permitindo que seu sexo roçasse nos lábios vaginais dela. Sem preliminares, num instante seu falo duro como pedra estava mergulhado profundamente no da jovem, enquanto ela chupava e lambia com voracidade o dedo duro dele.

- Você é tão gostoso - murmurava ela, com as palavras distorcidas pelo dedo dele no interior dos seus lábios. - Um verdadeiro garanhão.

A musculatura da vagina apertada dela se contraía, apertando deliciosamente o pênis que a invadia de forma indomável. Tony conhecera centenas de prostitutas, mas nunca tinha estado com uma tão sabida e sensual, com lábios que sabiam sugar maravilhosamente bem e soltava gemidos roucos envolvente e sedutores. Tony, excitado, começou a apressar seus movimentos, deliciado com a maciez do interior da jovem. Pupetta ao perceber a intensidade das estocadas do membro no interior do seu corpo, pressentiu os primeiros tremores do orgasmo de Tony. Ela enfiou a mão esquerda entre as coxas dele e sentiu os testículos movendo-se junto com o as estocadas profundas do falo no interior do seu sexo. Pupetta segurou suavemente a bola escrotal e a acariciou delicadamente, enquanto sentia os gemidos de prazer dele. As pesadas bolas foram aos poucos se endurecendo à medida que a ejaculação se aproximava. E, com a mão livre, procurou a arma que tinha deixado imersa dentro da água da banheira.

- Meu homem - murmurou a jovem, beijando o dedo junto aos lábios. - Meu macho....

Tony apressou os movimentos e os seus testículos cresceram na mão da moça. No fundo da água, a mão direita de Pupetta foi um pouco para frente.

- Ai, que tesão - exclamou ela, trêmula sob seu peso. - Oh, céus, que pau duro...

Os dedos da jovem se fecharam em torno da navalha de barbeiro aberta e dissimulada sob as águas. Ela esperou até que o gozo do homem se iniciasse para golpeá-lo. Assim que a jovem sentiu a umidade quente do gozo dele no interior do seu sexo golpeou. O primeiro jato de esperma dele esguichou no mesmo instante que a jovem utilizou a lâmina no seu corpo. A lâmina, de aço resistente, tinha custado quase vinte dólares. Pupetta não sabia lidar muito bem com uma navalha, mas confiou em seu instinto e precisão de corte. A lâmina de fato deslizou facilmente nos colhões presos pela sua mão esquerda. Tony soltou um gemido surdo antes de deixar cair pesadamente seu corpo sobre o de Pupetta e derramou um segundo jato de porra dentro do sexo dela. Ele sentiu uma dor terrível subir pelo seu corpo em gozo e se alojar no interior da sua cabeça. A jovem sentiu o pênis antes rígido, amolecer-se ainda no interior do seu sexo. Tony estava em choque. Pupetta sabia que tinha poucos segundos antes que ele se recobrasse e a estrangulasse, apesar da dor terrível que se apossou do seu corpo mutilado. A jovem levou rapidamente a navalha ao pescoço do matador e enfiou-a na artéria carótida, de um só golpe. O sangue dele espirrou em seu rosto, nos cabelos e nos ombros, quando a artéria se rompeu. Ela ouviu um grunhido agudo sair da garganta de Tony. Ela tratou de sair cuidadosamente de sob o corpo pesado dele. Reparou nos testículos pendurados por apenas uma membrana de pele, entre as pernas dele, e rapidamente abriu o ralo da banheira e deixou a água misturada ao sangue escorrer, abriu as duas torneiras do chuveiro sob a banheira e esperou calmamente a água esquentar. Ao sentir que a água tinha ficado na temperatura esperada, entrou no chuveiro e equilibrou-se sobre o corpo moribundo, deixando a água limpá-la por completo. Molhou os cabelos e pegou o frasco de xampu de amêndoas que trouxera. A espuma caía sobre as pernas de Tony. Depois de ensaboar o corpo todo, ela saiu da banheira e enxugou-se. Foi então para o quarto vestir-se. Examinou o aposento, limpando cuidadosamente eventuais impressões digitais de todas as superfícies. Procurou fios de cabelo antes de voltar ao banheiro. As roupas de Tony estavam amontoadas no chão. Depois de refletir por um momento, ela decidiu deixar tudo ali mesmo. Enfiou seus artigos de toalete na sacola de compras e deixou-a perto da porta. Era noite, ninguém repararia quando ela saísse. Voltou ao banheiro, Tony continuava caído de bruços na banheira, com a água correndo sobre seu corpo.
Ligeiros fios de sangue fluíam agora do seu pescoço e dos testículos decepados.
Pupetta estudou-o calmamente, tinha planejado aquele momento desde o assassinato de seu marido. Tomando cuidado para o sangue não espirrar em sua roupa, ela acomodou o corpo numa posição sentada, depois, com a navalha na mão, ajoelhou-se para terminar a vingança. Com uma das mãos, segurou os culhões e com a outra terminou de separar as duas bolas do corpo inanimado do homem. Abriu a boca de Tony, puxou sua língua para fora e enfiou as duas bolas decepadas no interior da sua boca enchendo-a completamente. Deixou os aposentos do assassino de seu marido com o sentimento de vingança efetuada. Ela ficou escondida, achando que conseguiria ficar livre pelo menos até ter o bebê. Depois de duas semanas, no entanto, a polícia a encontrou hospedada na casa de uma amiga de sua mãe e a prendeu. Durante o julgamento, Pupetta foi longamente interrogada sobre os motivos para haver assassinado Tony e tentou justificar suas ações. Por fim, admitiu que houvesse se vingado do assassinato do marido: "não tivera escolha". A jovem viúva foi considerada culpada e condenada a quatorze anos de prisão. Ela deu à luz na prisão, no meio do inverno, a um menino que chamou de Pasqualino e permitiram que ficasse com ele até que completasse três anos. Quando Pupetta Maresca saiu da prisão depois de quatorze anos, aos trinta e um anos de idade, seu filho Pasqualito, era um estranho. Chamava a avó de "Mamma" e a mãe de "Pupetta". Quando ela foi visitar uma antiga colega de prisão, ela conheceu Umberto Ammaturo, um belo camorrista com costeletas maravilhosas que traficava cocaína da América do Sul, via Nigéria, para a Itália, e armas da Alemanha para a Líbia. Tornaram-se amantes e Pupetta foi morar com ele. A virilidade de seu novo amante era insaciável e algumas vezes Umberto a tratava como puta. Nesta noite Umberto chegou a sua casa louco de tesão, o pênis retesado, numa
excitação insuportável. Pupetta estava em casa e Umberto não perdeu tempo com preliminares - afinal ela era a sua amante. E Pupetta o entendia; também tinha suas pequenas manias e uma delas, que seus amantes exageradamente sensíveis não aceitavam, mas que ele conhecia muito bem era de gostar de sexo sem nenhuma ternura. Logo ela percebeu o que seu amante queria: foi só ver seu rosto. E Umberto, com longa prática de relacionamentos com mulheres, notou a súbita avidez brilhar nos olhos da amante. Pupetta estava na cozinha quando ele entrou indo diretamente para ela e pressionando-se contra as suas nádegas, só para o caso de haver alguma dúvida. Ela desperdiçou um pouco de tempo, começando a beijá-lo, tentando puxá-lo para o quarto, mas não era o que ele queria. Tinha que ser ali mesmo na cozinha, com a porta apenas encostada, a empregada podendo entrar a qualquer momento. Ele não queria trepar, não era esse o desejo que parecia perfurar o seu celebro. Ele desejava vê-la de joelhos, completamente vestida; queria que ela o chupasse. Ele empurrou Pupetta com força, quase a fazendo cair; depois abriu o zíper, meio desajeitado na pressa e tirou o membro para fora. Ele queria que ela desse uma boa olhada, que visse como ele estava duro, grande e com a ponta melada de esperma. Pupetta não era nenhuma perita em chupadas; fazia tudo direitinho, mas Umberto conhecia outras melhores do que ela. Naquele instante, porém, não deu atenção a isso; a umidade e abertura de sua boca já seriam suficientes. Agarrou-a pelos cabelos e puxou sua cabeça para trás; depois começou a enfiar e tirar seu falo, para frente e para trás. Ele fechou os olhos e imaginou uma de suas putas gostosas, viu o rosto dela, a boca dela. Seu cérebro fervia de desejo, seu pênis pulsava, sentia-se cheio de esperma, estava pronto para esguichá-lo, bem dentro da boca, no fundo da garganta da cadela... Uma das palavras, garganta ou cadela, causou o impulso final, Umberto deu um gemido e estremeceu em convulsões de gozo. Ele sentiu o primeiro jato de sêmen espesso, viscoso e branco derramar de seu membro. Depois o segundo, o terceiro e o quarto bem menos intenso. Foi glorioso, apenas por alguns segundos, enquanto durou a ejaculação. Depois, ele abriu os olhos e sentiu uma profunda repugnância. As panelas de cobre penduradas sobre a pia cintilavam; o gás ainda estava aceso. E a imagem sedutoramente erótica da sua mente desaparecera, no último instante. Ele afastou-se e olhou para Pupetta, meio confuso. A mulher errada, o lugar errado, a boca errada. Estava tudo errado. Pupetta continuava ajoelhada. Ela olhou para ele, o seu rosto estava branco como cera sob a maquiagem, era uma máscara de fúria. Ela percebeu que o seu amante gozara em sua boca pensando em outra mulher.

- Quem era? - perguntou. - Por que não me conta? Gostaria de saber em quem você estava pensando. - Depois, como que corrigindo um esquecimento, acrescentou: - Seu canalha!

Umberto ficou olhando para ela, balançou a cabeça, ainda confuso. A imagem permanecera em sua mente; tivera certeza que sentira desejo e agora sabia que a perdera.

- Santo Deus, Pupetta... - começou a dizer, estendendo a mão para ajudá-la a levantar-se.

Dois dias depois, Pupetta foi almoçar com seu amante em seu restaurante favorito em St. Tropez. A sua mente ainda estava voltada para a terrível cena na cozinha; ela de joelhos, Umberto puxando seus cabelos, abobalhado, o rosto vermelho de excitação, totalmente transtornado. Esta visão ainda a cheio de raiva e desprezo, que lhe pareciam ainda mais intenso porque não podia se desabafar com ninguém. Ela ainda sentia o gosto do esperma cremoso dele na sua boca, nojento e repelente, como o cheiro de um peixe. Quando ele pediu linguado na grelha, Pupetta teve vontade de vomitar. Ela tempos depois engravidou dele e deu a luz a gêmeos, lindas crianças louras, a paixão de sua vida. Seu filho mais velho ficou rebelde e respondão, juntando-se a valentões locais. Umberto Ammaturo não suportava a arrogância do rapaz, filho e amante estavam sempre se enfrentando. Quando fez dezoito anos, Pasqualino já se comportava como um "guappo" júnior, mas faltava-lhe o estilo do pai e a esperteza do padrasto. Em janeiro de 1974, dias depois do 18º aniversário de Pasqualino, ele deveria ir se encontrar com Ammaturo nas obras do viaduto de Nápoles para combinar algum trabalho e nunca mais foi visto...

4 comentários:

Cláudia Benevides disse...

Nossa...
Parabéns, que criatividade...
Gostei do debaixo também ( A carta)
bjos

Joy Barreto disse...

Gostei do Blog, mas confesso que não li tuuuudoo, mas gostei de conhecer o seu blog!
Passarei em breve para conferir as novidades!
Um beijo

http://joycebc.blogspot.com

PinUp Crazy disse...

adorei o texto, gostaria de escrever assim mas utilizo meu blog como um diário para não enlouquecer .

retribua a visita por favor e deixe um comments

http://diariodefracassos.blogspot.com/

{W_[Amar Yasmine]} disse...

Saudações, Senhor!

Delícia de texto instigante... pena que acabou, por mim ficava aqui lendo sem parar..

*;-)