segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

GLAMOUR, LUXÚRIA E FRAGRÂNCIAS


EUA, Los Angeles, 05 de junho de 2009 , 17:30 hs.

O sol pálido da tarde desenhava sombras dançantes no chão coberto de musgo do jardim de bétulas, o dossel de folhas verdes e tenras filtrava a luz, que se refletia no rosto de Louise de Chavigny com um brilho cintilante enquanto ela observava a paisagem pelos vidros de cristais da sua mansão. A casa ficava bem afastada da rua. Surgia, indistinta, ao fundo, por trás dos altos portões escuros, sombreada pelos bosques de eucaliptos, acácias e carvalhos, esteticamente plantados por velhos jardineiros, mortos há muito tempo. Cerca de cinco hectares de terreno cercavam a mansão de trinta e cinco aposentos. Festas milionárias foram freqüentes, durante os últimos vinte anos, no gramado frontal. Podiam-se descortinar dali, com uma taça de "Dom Perignon" na mão, a área escura do Los Angeles Country Club e, mais adiante, as luzes cintilantes da cidade. A direita, quase camuflado pelos morros, ficava o imenso Campus da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), onde os maiores empresários de cosméticos se reuniram nos últimos anos do século XX. Atrás passava a estrada de San Diego, refletindo suas luzes cintilantes no céu majestoso da cidade. A esquerda estavam Beverly Hills e Hollywood. A imensa mansão sobrevivera a doze proprietários, nenhum com sucesso suficiente para mantê-la por muito tempo. Cada um estava no auge da carreira quando viveram ali. Seus espaçosos cômodos viram vários suicídios, três suspeitas de assassinatos, grande número de brigas de amor, com enorme publicidade, além de um sem número de relações sexuais concebíveis, envolvendo seres humanos e animais, muito consumo de drogas, incestos e todos os instrumentos de perversões sexuais imagináveis. Acordos e negócios fechados ali tiveram tal repercussão que passaram a fazer parte da história do mundo dos cosméticos, criando e interrompendo carreiras não só de indivíduos como de marcas famosas mundialmente. As paredes cobertas de heras e os gramados bem tratados conservavam o clima de lenda. Ao se admirar no espelho, Louise de Chavigny sorriu ao perceber como o seu belo corpo estava muito bem no conjunto de "Pucci", e os seus olhos brilhavam sob as ondas de seus cabelos com reflexos claros. Os seus lábios sensuais e o nariz reto ao estilo escandinavo completavam a impressão de sábia sensualidade sob uma discreta inteligência. Não havia nenhuma dúvida, ela era um belo espécime do sexo feminino e mesmo para sua idade, conservava muito bem as armas necessárias para conseguir o que queria de um homem. Louise era a mulher mais atraente de seu círculo social e um autêntico pilar da Comunidade de Palm Springs, ela era admirada por suas obras de caridade e convidada para todas as festas de projeção, mas, ela também precisava de "divertimentos eróticos", que certamente não emprestariam muito brilho a sua personalidade pública. Ela sabia mantê-los longe de olhares curiosos e nesse campo, aliás, ela não via rivais. Louise dirigiu-se a uma sala de estar cheia de antigüidades, quadros de alto valor, um belíssimo tapete oriental de seda púrpura que custava mais que um Rolls-Royce e sentou-se na poltrona estampada estilo Luiz XV. Louise de Chavgny, agora milionária, era diretora acionista da empresa multinacional perfumística "Chavigny Parfums", e devia parte do seu sucesso ao seu gênio promocional, fator este, determinante na sua trajetória empresarial bem sucedida. Ela sempre fora capaz de predizer as tendências da moda e preparar suas clientes de maneira tal que cada uma delas passava a considerar o novo estilo como expressão de sua própria individualidade. Toda mulher que usava um perfume de sua grife sentia-o como sendo um realce de si própria. As suas clientes acreditavam que o líquido mágico aromático que aplicavam atrás das orelhas ou entre os seios fazia surgir um sentimento prazeroso da sua personalidade oculta, misteriosa, sedutora e bela. A sua mansão representava uma extensão de sua personalidade e de seu bom gosto refinado. Era ali que ela, oferecia aos convidados iguarias delicadas e companhia fascinante, num ambiente de mármore branco, madeiras claras e grandes clarabóias no teto. Sua nova fragrância, "De Vie", jorrava de pequenas fontes de mármore. Os convidados, ricos ou famosos, e ocasionalmente com os dois atributos, vestidos pelos mais importantes costureiros e alfaiates, vinham para impressionar os outros e acabavam ficando impressionados eles mesmos. Após o laboratório da empresa Chavigny Parfums ter pulverizado a essência da "Madrepérola" durante meses, através de sutis combinações com outros extratos naturais, surgiu a deliciosa e envolvente fragrância do perfume "De Vie", que permitiu a Chavigny Parfums vender-la a 150 dólares a onça. Ao assumir a direção da empresa, ainda jovem, Louise introduzira-lhe conceitos de administração empresarial avançada que a levaram a uma expansão formidável, transformando-a, em criança-prodígio da indústria cosmética mundial. Ao abrir o capital da companhia na Bolsa de Valores de Nova York, ela permitiu que a empresa se tornasse mais forte, e os novos fundos disponíveis fossem investidos em matérias-primas necessárias à fabricação dos componentes e extratos naturais das novas fragrâncias a serem lançadas. A poderosa e sedutora empresária lentamente deixou que seus pensamentos retornassem ao horrível episódio vivido por ela a mais de vinte anos atrás, na noite de quatro de maio de 1988... Nesta noite a casa estava escura e silenciosa. As garagens escondiam os carros Rolls-Royce, Ferrari e Maserati, apenas um Silver Shadow brilhava sob o céu estrelado. O motorista que a conduzira até a casa tinha desaparecido pelo seu interior. O próprio proprietário tinha vindo abrir a porta do carro para a moça descer. Era um homem de meia-idade, bronzeado e de corpo atlético. Pesava alguns quilos a mais que o ideal, mas o terno muito bem feito de dois mil dólares do "Parini de Roma" resolvia este pequeno detalhe. O fraco luar não iluminava os olhos dele sombreados pelas sobrancelhas já grisalhas. A jovem Louise não tinha mais de dezenove anos, apesar da sofisticação dos seus brilhantes cabelos cor de cobre e do andar confiante, via-se que não era uma colegial, muito menos uma secretária. A saia justa moldava-lhe as coxas esculturais e os quadris perfeitos. Via-se, bem delineada sob a blusa, a linha firme dos ombros e das costas em harmonia com o seu busto jovem. Ela trazia uma pequena bolsa a tiracolo, e sorriu para o anfitrião quando ele indicou uma porta lateral da residência para ela entrar. Por um instante, ela observou o caminho vazio, como se esperasse alguém. Então, seguiu-o com elegância. O homem manteve a porta aberta, a sua espera. Era como se a casa se fechasse sobre seu corpo jovem, esguio e sedutor, imitando com perfeição o olhar de uma ave de rapina.
-Estou chegando no horário combinado? Os outros convidados já chegaram? - perguntou ela, enquanto cruzava o grande hall de entrada, em direção aos salões de recepção.
-Logo estarão todos aqui, vamos recebê-los juntos. - respondeu-lhe o anfitrião.

Nicolai Armand demonstrava uma delicadeza paternal e uma segurança como ela só vira em poucos homens. Ele tinha boas razões para se mostrar seguro de si, possuía esta mansão havia sete anos, sem diminuir sua receita com os impostos e a manutenção necessários. No momento era o executivo mais poderoso e respeitado do ramo de perfumes. Graças a sua orientação o ramo multimilionário de cosméticos passou a faturar dezenas de bilhões de dólares anualmente. Ele fora assessor de dois presidentes em assuntos ligados ao comércio internacional de fragrâncias, consultor das maiores agências de informação e membro de meia dúzia de comissões do Congresso americano. Recebera diplomas "honoris Causa" de várias Universidades e contribuíra também para inúmeras obras de caridade. Em Berkeley, havia edifícios escolares com seu nome e toda uma ala do Hospital Pacific, dedicada ao tratamento do Câncer em crianças. Nicolai costumava jantar com estadistas e embaixadores quando não recebia os amigos e rivais de Los Angeles. Biografias de sua vida e de sua carreira eram encontradas em todas as bibliotecas do país e outras eram preparadas à medida que cresciam suas conquistas. Nicolai Armand era uma lenda viva na sua época. Nesta noite, Nicolai ultimava os preparativos para uma importante reunião que seria acompanhada de perto pela jovem Louise que seguia a sua frente, no hall silencioso da imensa mansão. A jovem estava representando uma insipiente empresa de perfumes e estava ansiosa pela expectativa de novos negócios. Os assessores de Nicolai estavam convencidos de que, apesar da falta de experiência, a jovem poderia contribuir com a sua imagem na reunião. Faltava apenas um detalhe antes da palavra final que a colocaria definitivamente em contato permanente com o setor de vendas da multinacional MOTEK e no início do que poderia ser sua ascensão a uma carreira de sucesso e poder. Exatamente por este motivo ela estava ali nessa noite.

-Quer tomar um drink?- perguntou ele. -Ou prefere um café?
-Prefiro um café puro. - disse a moça, parando ao lado dele na porta da grande biblioteca.
-Um café puro para a senhorita Louise, Miguel, por favor. - pediu Nicolai para uma sombra silenciosa a sua direita. -E um conhaque Armagnac para mim.

Ele indicou o aposento à sua frente com um gesto largo, sem porém, deixar de ser gentil. A moça adiantou-se e deram as costas à longa galeria repleta de obras primas impressionistas. Nos cantos sombrios da biblioteca estavam discretamente expostos diplomas honorários e fotos em que ele apertava a mão de um governador, dois presidentes americanos, um fabricante de automóveis, representantes da ONU e outras figuras de destaque. O carpete era espesso, cor de vinho, a lareira grandiosa, a mobília imponente e ricamente estofada com motivos chineses em couro de camelo. O ambiente parecia a jovem, acolhedor a um olhar superficial, mas, havia algo estranho o bastante para obrigar Louise a observar melhor à sua volta.

-Diferente, não acha? - Nicolai levou-a até o sofá de encosto alto. -Toda a mobília é do século dezoito. Foi encomendada pela família Kennedy, que vivia no Vale. Eram fazendeiros e, provavelmente, excêntricos. Descobri num leilão e mandei restaura-las.
A jovem observava uma fotografia emoldurada entre os livros da estante. Mostrava uma senhora atraente e duas meninas bonitas aparentando dez anos.
-Minha mulher e minhas filhas - anunciou Nicolai, orgulhosamente. -Elas são as meninas de meus olhos. Esta semana foram todas para Gênova, onde elas estudarão. Lamento que elas não estejam presentes para conhecê-la.

Nicolai apontou para o sofá de couro e a jovem se afundou nele, como uma criança, numa das almofadas de seda vermelha com afrescos franceses. Ele vibrava por antecipação. A conversa sobre os Kennedys e sua reverenciada família impedira que a mocinha reparasse na ausência de janelas por trás das grossas cortinas de veludo preto e que ambos tinham atravessado a única porta do aposento. Um momento depois, o latino moreno e miúdo surgiu com uma bandeja de prata servindo o café e o conhaque de cinqüenta anos. Ela reconheceu ter sido ele o motorista que a tinha trazido a mansão e estava agora num uniforme de mordomo. Seus movimentos demonstravam grande energia. Miguel parecia um lutador peso-médio ou um atleta olímpico.

-E então? - Nicolai ergueu o cálice. -Sobre o que conversaremos?
-O senhor foi muito amável em me convidar para participar desta reunião em que discutiremos as novas Diretrizes Operacionais de Comércio Exterior, senhor Nicolai. - disse a jovem sorrindo. -Espero não desapontá-lo.
-Eu gostaria de conhecê-la melhor. Você sente-se preparada para discutir e montar projetos sobre o mercado de perfumes?
Ela acenou a cabeça concordando, e o seu cabelo brilhou na semi-obscuridade do ambiente.
-Se me permitir vou dar o melhor de mim. Esta é uma grande oportunidade e eu nem tenho muita experiência ainda...
-Bem, você tem uma boa fisionomia, mostra interesse e demonstra um estilo peculiar para negociações e isso é muito importante no nosso ramo, você é uma jovem impetuosa, mostra determinação e além disso... é muito atraente.
-Acho que estou compreendendo o que o senhor esta dizendo. - Louise cruzou as pernas. -Sensual, mas um pouco infantil. Como uma adolescente levada, é o que quer dizer exatamente?
-Precisamente. -Nicolai tomou um gole de conhaque. -Como uma bela jovem sedutora.

Ela corou um pouco e olhou para o café em que não tocara ainda. Nicolai sentia a tensão da jovem aumentar a medida que os outros convidados não chegavam. Ele percebia seu esforço consciente para não olhar o relógio em seu pulso. Havia nela um ar de mulher de negócios que combinava com a expressão provocante dos seus olhos verde-esmeralda de gata. Durante a caminhada pela galeria, ele reparara constantemente com os olhos no seu corpo juvenil, olhando com desejo a silueta das costas, e na bolsinha que batia-lhe no quadril, despertando sua excitação primária. Nicolai tomara todas as precauções para que Louise viesse sozinha a este encontro e ela mal sabia que jamais iria aparecer alguém a este encontro. Nicolai observou novamente a jovem mais atentamente, as pernas dela eram um assombro, mas ele se sentiu mais atraído pelos seus ombros erguidos e pelos seus seios pequenos e firmes. A blusa dela realçava os delicados ossos da clavícula pequena. Era essa sua parte favorita num corpo feminino. Ela era tão frágil, "tão fácil de quebrar". Ele seguiu seu olhar insistente até a porta. Estava entreaberta, naturalmente. Ele sentiu a velha emoção retornar com uma intensidade maior, quase intolerável.

-Você esta com um traje muito apropriado - comentou ele. -Combina muito bem com o seu tipo.
-Obrigada. - respondeu a jovem corando novamente.
Sem tirar os olhos dela, ele tomou mais uma dose de seu drink.
-Por que não o tira? - disse Nicolai.


Os modos paternais e a voz macia dele tinham desaparecido. Ele a observava com cuidado. Louise parecia chocada com as suas maneiras grosseiras, era como ele esperava que ela reagisse. Mas ela sentia que havia algo mais, fazendo seu sentido de alerta vibrar por todo seu corpo. Ele percebeu uma emoção puramente primitiva e tão complexa quanto o colorido envolvente por trás daquelas íris cor de esmeralda. Um ligeiro reconhecimento, ela devia ter uma vaga idéia do motivo de ter sido trazida até ali, e um certo medo se estampou nos olhos dela. A jovem lançou um segundo olhar à porta, obviamente, como se esperasse alguma ajuda daquela direção. No fundo de seus olhos verdes, como um raio num dia de verão, havia agora um brilho estranho que mesmo a jovem desconhecia possuir. Esta observação fez crescer o estado de excitação de Nicolai e ele sentiu um leve formigamento no seu pênis.

-Como? Não compreendi o que disse. - respondeu a jovem pálida, aparentando não ter compreendido a insinuação sexual dele.
-Eu disse: por que não tira a roupa, mocinha, e vem com essa linda bundinha até aqui, em dois segundos? Corra antes que eu liquide com sua carreira, esmagando-a e jogando-a na sarjeta, onde ainda deveria estar!

Louise se encolheu toda no encosto macio do sofá, seus braços contrastavam com o couro de camelo.

-Você não pode... Não pode estar falando sério. - respondeu ela.
-Você me faz rir. - ele encostou-se na poltrona com um sorriso cruel. -Você vai me dizer que vestiu essas roupinhas apertadas de piranha e se pendurou em meu braço sem saber o que a esperava? Esse seu pequeno cérebro de galinha carente deve ter uma ligeira idéia da razão de ter sido trazida a esta casa. Mas vou repetir para que fique bem claro na sua cabeça. A menos que tire essas roupas ridículas e venha sentar-se em meu colo, não fará parte de qualquer equipe empresarial nem que viva mais cem anos.

A jovem, muito pálida, agarrando a sua bolsa, levantou-se imediatamente. Nicolai pode observar, pela primeira vez, seu corpo esbelto dominado pela tensão e pela apreensão. O corpo dela era belíssimo, seus olhos verdes estavam cheios de ódio e desprezo por ele. Nicolai espantou-se com esta reação da jovem, ela realmente se respeitava.

-Não permito que ninguém fale assim comigo. - asseverou ela, encaminhando-se para a porta entreaberta. Com um movimento surpreendente de agilidade, ele bloqueou-lhe o caminho. A jovem parou, apertando os lábios, consternada.
-Por favor, saia da minha frente. - apesar de evidentemente amedrontada ela demonstrava firmeza na voz.
Nicolai não se mexeu, fuzilando-a com os olhos cheios de desejo e prazer antecipado.
-Sem mim você não será nada, estou sendo bem claro? - disse ele.
-Perfeitamente... - os olhos dela mantinham a mesma expressão estranha. -Agora, gostaria de sair, por favor.

Nicolai contemplou-a por um momento e depois riu. O velho carinho paternal, que sumira tão subitamente de seu rosto voltara novamente para suas feições.

-Sinto muito se a deixei chocada. Precisava saber qual a sua reação ao receber uma provocação. Mas não se preocupe senhorita Chavigny. Sente-se, por favor, e tome o seu café. Nossos convidados chegarão a qualquer momento.
Ela o encarou, admirada, sacudindo a cabeça. Aquela sinceridade a convencia menos de um por cento, no máximo um.
-Não estou compreendendo bem, mas, preciso ir embora. - a raiva enfraquecia a jovem. -Se desejar um novo encontro, estarei à disposição com o pessoal da minha empresa.
-Eu a assustei tanto assim? Por favor, senhorita Louise. Foi somente um pequeno teste visando conhecer a sua reação sob pressão, não pretendia de forma alguma ofendê-la. - disse ele.
-Eu estarei à disposição a qualquer hora que desejar, mas, realmente preciso ir embora... - disse a jovem.
-Sinto imensamente se a aborreci. - Nicolai ergueu a mão e deu passagem a jovem. -Fui muito rude, lamento profundamente. Compreendo que você tenha ficado preocupada. Permita que meu motorista a leve para sua casa. Siga na frente, por favor.

Ela avançou, cautelosamente, pela porta aberta. Nicolai ergueu o seu punho e desceu o braço musculoso com toda força sobre o corpo desatento da jovem. O seu punho potente fechado chocou-se com a linha dos seios, logo abaixo da clavícula da jovem. A jovem deu um forte gemido de dor, que ecoou pela sala à prova de som. Ela quase chegou a cair, mas manteve o equilíbrio suficiente para chegar ao sofá. A sua bolsa permaneceu jogada no chão. Antes que ela conseguisse se recuperar, Nicolai avançou sobre o corpo dela. O segundo golpe desferido contra o corpo da jovem foi um violento tapa na sua orelha, depois um violento murro nas suas costas, este, desferido com tanta violência que ela caiu dobrada sobre o estômago, no fundo do sofá, impossibilitada de respirar. Ia gritar, mas, o homem empurrou o seu rosto contra a almofada do sofá.

-Sua piranha vagabunda! - berrou-lhe ele, agarrando-a pelos cabelos cor de cobre. -Pensou realmente que eu a deixaria sair daqui sem antes lhe dar uma lição?

Agora havia lágrimas de angústia nos olhos da jovem. Sons abafados, num misto de pedido e de ordem, morriam de encontro à almofada.

-Você sabe muito bem se vestir de uma forma bem provocante para mexer com os homens não é? - murmurou ele, enfiando-lhe violentamente um cotovelo nas costas. -Sabe se apertar numa saia justa, não é? E não quer responder pela provocação! - ele meteu o seu joelho pesado no vão macio das coxas acetinadas dela. -Mas você vai pagar caro pela sua provocação. O grande homem malvado vai se divertir com este corpinho até você ficar toda moída de manchas pretas e azuis e toda lambuzada de porra. E ninguém virá em seu socorro, pode gemer e gritar a vontade. Esta não é uma idéia deliciosamente excitante para se praticar?

Louise agora chorava desesperadamente no sofá. Nicolai se divertia com seus gestos de pânico. Mas acabou se irritando com aquele alheamento desesperado. Ele queria ver seus olhos, virou-a violentamente, segurando-a pelos cabelos, conservando seu pesado joelho entre as suas coxas macias. Agarrou-lhe os pulsos com as mãos fortes. A angústia emprestava a ela beleza, o rosto banhado em lágrimas quase transformado numa máscara de terror. Atormentado pela perfeição daquela pele macia e perfeita, Nicolai golpeou-lhe o queixo até o sangue brotar em bicas no canto da boca da jovem. Enquanto uma das mãos dele a segurava pelos cabelos, a outra socava seu queixo.

-Você vai ser meu brinquedinho desta noite, não é? Vou fazer o que quiser com cada maldito pedacinho de seu corpo, e você terá de me agradecer de joelhos por eu não moer seu crânio como mingau e dar aos cachorros. Você vai tomar todo o meu remédio, menina, e vai ser obrigada a gostar dele, vou fazê-la virar depósito de porra. Foi para isso que você saiu com essas roupinhas provocantes, não é sua vaquinha mimada?

A visão e o cheiro de sangue potencializavam barbaramente a excitação de Nicolai. Ele bateu de novo, com uma risada presa na garganta. As faces e o queixo delicado de Louise se tingiram de vermelho e filetes de sangue escorriam de seu rosto manchando o carpete. De repente, a mão do homem agarrou um seio dela, rasgando a malha fina da blusa e arranhando a pele dela. O grito de agonia da jovem soou como música nos ouvidos de Nicolai. Ela lutava em vão, sucumbida sob o peso e a força bruta do homem. A mancha escura de sangue encharcou a vestes rasgadas dela. Ele abaixou-se, sorrindo, para contemplá-la em sua agonia desesperada. Louise gemeu alto ao vê-lo aproximar-se dela e instintivamente levantou seus braços doloridos para proteger-se. Ele sentia seu corpo se excitando a cada gesto violento contra a jovem, seu pênis estava ereto como pedra, pequenas gotas de sêmen escapavam da glande inchada em forma de cogumelo de seu membro semi-rígido. Aqueles pequenos ferimentos no corpo da jovem não eram nada perto de tudo que suas parceiras experientes o deixavam fazer em seus corpos. Mas os lamentos dessa jovem eram realmente honestos para ele. A jovem não recebera pagamento adiantado, não o ajudara a sentir prazer pensando no lucro. Ela opunha-se a ele totalmente e ele não sentia esta excitação exacerbada havia anos, era um sentimento tão agudo e primitivo. Ele afastou-se para olhá-la mais detalhadamente no seu louco desespero de desejo. Os olhos da jovem estavam fixos no alto das cortinas, no teto, com uma determinação aliada ao terror. Ela estava pensando em escapar, sem dúvida alguma, não iria se entregar sem reação aos desejos lascivos deste tarado, calculava suas chances, ela era inteligente, e não iria desistir com facilidade. As palavras dele chegavam aos ouvidos dela como um pesadelo.

-Esta querendo fugir? Não tenha tanta pressa, mocinha. Você não vai sair daqui antes que eu tenha castigado todos os cantinhos de seu delicioso corpinho.

Por um pequeno momento a desesperança turvou o orgulho teimoso dos olhos verde esmeralda da jovem. Nicolai se divertia como nunca observando os fracos gemidos de desespero dela. Ele ergueu novamente a mão para espancá-la de novo, se excitava profundamente ao ouvi-a gemer de dor e chorar. A aparente passividade de Louise o enganou desta vez. O pequeno punho fechado feminino da jovem soltou-se e ela golpeou-lhe o nariz bronzeado. Ele imediatamente sentiu surpreso o gosto do próprio sangue na língua e a dor no seu nariz o atingiu de imediato. No mesmo instante, como em um movimento sincronizado, a coxa esguia dela ergueu-se violentamente jogando o joelho contra o seu saco escrotal. Nicolai soltou um grito agudo e sua boca, agora vermelha de seu próprio sangue, se abriu num gemido rouco de dor, sentindo uma dor tremenda passar dos seus culhões para seu corpo todo. Ele soltou seu corpo sobre o sofá sabendo que o seu peso a esmagaria. Com leveza e uma agilidade acrobática que espantou seu agressor, a jovem escorregou do seu lugar numa fração de segundos. O corpo do homem caiu nas almofadas, quase perdendo o fôlego, rangendo os dentes. Ele precisou de um momento para readquirir o equilíbrio do seu corpo enorme e voltou-se para olhar a sala. Louise estava parada diante dele, com o rosto e o busto todo lambuzados de sangue, que agora lhe escorria em ligeiros filetes da boca. As lágrimas rolavam de seus olhos verdes, mas ela o encarava firmemente, sem piscar seus olhos arregalados. Ela agora, com as coxas separadas não fazia qualquer gesto que denunciasse sua intenção de fuga. A atitude determinada dela se assemelhava a de uma pequena caça observando atentamente o caçador, preparando-se para a luta. Bem equilibrada nas pernas esguias, com ódio nos olhos, ela esperava que ele se erguesse a fim de enfrentá-la. Louise demonstrava claramente não temê-lo na luta desigual que se iniciara, parecendo agora, quase ansiosa para o embate final.

A visão de tanta beleza erótica foi demais para o homem. Com um longo gemido e uma convulsão paralisantes Nicolai sentiu os estremecimentos do início da sua ejaculação se apoderar de seu corpo. Ele sentiu seu membro pulsar dentro da sua calça e vários jatos de esperma espesso e viscoso se derramou na sua veste. Durante todo o instante que perdurou o seu gozo ele manteve os seus olhos fixos em Louise, saboreando o prazer que a recusa da jovem lhe proporcionava. A frente dele, como uma visão angelical, totalmente suja de sangue, demonstrando altivez e desafio nos maravilhosos olhos verdes, com os cabelos cor de cobre caindo-lhe sobre os ombros, Louise parecia dominar a situação. Ela já não tentava fugir mais, apenas observava seus olhos e aguardava os estremecimentos de gozo do homem terminarem. Após ter sentido os estremecimentos de gozo do seu pênis comprimido dentro das suas vestes, o homem passou a respirar mais cadenciado. Forte, ativo e determinado, Nicolai não duvidava de sua capacidade de capturá-la e dominá-la completamente. Respirando mais profundamente, assim que teve certeza que o seu gozo tinha cessado e as ultimas gotas de seu sêmen foram absorvidas pelo algodão de sua calça cara, ele partiu para o duelo. Ele deu um salto indo de encontro a jovem, com os seus braços abertos, pronto para agarrá-la. Ele, porém, nada encontrou, seus braços abraçaram o vazio. Nicolai voltou-se, surpreso, e viu-a parada diante do sofá em atitude desafiadora, olhando firmemente para ele. Ela tivera a chance de alcançar a porta, mas ignorou a segurança e simplesmente desviou seu corpo do dele num movimento rápido.

Ela estaria confusa por causa do medo? - imaginou ele.
Ele não se deteve para pensar neste argumento, e saiu de novo atrás dela, tentando agarrá-la no sofá. Em mais um movimento ágil, a jovem pulou sobre o estofado e Nicolai caiu nas almofadas. Ele levantou-se com um grito de ódio e ela mais uma vez desviou-se dele no último segundo, com presteza de uma felina.

Os olhos da jovem agora brilhavam como fogo na semi obscuridade. Embora resfolegante, ele achou que finalmente agora a agarraria em seus braços musculosos. Louise estava encurralada num canto da sala, quando o homem investiu com os punhos cerrados para lhe golpear no estômago. Novamente ela movimentou-se com agilidade e desapareceu dos braços dele como uma tigresa. Nicolai soltou um grito carregado de raiva e fúria, mostrando-se nitidamente cansado, exausto pelo esforço. Se, no começo do duelo, ele pudera contar com a sua força e o elemento surpresa, agora a juventude e a resistência persistente, aliadas ao senso de auto-preservação, ajudavam a jovem. A cada movimento brusco dele, ela estava ficando mais forte e ele enfraquecia exaurido pelo tremendo esforço físico.

Então ela estava querendo brincar de gato e rato? - pensou ele cerrando seus dentes com força.

Em um gesto de desespero, Nicolai se apoderou de uma mesinha a sua frente e atirou-a com toda força, tentando atingi-la, mas, ela desviou facilmente, parando no centro da sala desafiadoramente. Totalmente descontrolado pela raiva, Nicolai a perseguiu em várias tentativas alucinadas para capturá-la, ofegante como um touro no cio espicaçado pelo desejo de posse e gozo deste corpinho adolescente.

-Sua putinha barata... Vou arrebentá-la todinha por isso. - disse ele.

Nicolai observava aquela criatura selvagem e adorável escapar aos poucos de seus braços com uma agilidade quase desumana. Quando, finalmente, ele caiu de joelhos na frente de Louise, humilhado, ofegante, com a calça realçando a enorme mancha molhada de esperma na altura da virilha, fazendo um enorme esforço para respirar com a boca aberta, a língua para fora, fraco demais para tentar alcançá-la. A jovem baixou os olhos vitoriosos, demonstrando satisfação e prazer. Em seguida, ela saiu correndo pela porta, como um animalzinho assustado. A galeria se estendia a sua frente como um túnel, com poucas luzes iluminando alguns quadros e mesinhas. Louise sentia o tapete persa escorregar sob seus pés ligeiros, lutando para manter o equilíbrio do seu corpo. Ela sabia que a chave do veículo que a trouxera ali tinha ficado no carro, tinha visto o motorista deixá-la no contato. Provavelmente o portão estaria trancado, mas, não importaria para ela, atravessaria assim mesmo, com o automóvel, ou ela desceria dele e saltaria o portão. Ela sentia um terror imenso crescendo no peito enquanto as paredes iam ficando para trás. Enquanto corria, a ameaça sádica de Nicolai passava-lhe pela mente: "vou moer-lhe o crânio e dar aos cachorros". Ela fez um grande esforço para voltar à lucidez, não era hora de pensar no que poderia haver atrás da porta lateral, importava tão somente alcançá-la e sair desta mansão horrível. Ela não se desviou para olhar dentro das salas que davam para a galeria. A porta principal se aproximava; a grande maçaneta de bronze brilhava no ambiente mal iluminado e ela estava destrancada. Louise via a liberdade acenar para si e se sentiu desesperada demais para pensar na dor insuportável nos seios, nas costas, no rosto e na clavícula. A jovem tinha chegado à porta e agarrou a maçaneta com todas as forças de seu corpo. Antes que tivesse tempo de abri-la, sentiu agarrarem-na violentamente pelo pescoço. Ela sentiu-se atirada ao chão com toda força e sentiu perto do seu ouvido a respiração quente de um homem.

-Um Momento - sussurrou uma voz soturna. -Um momento, puta.

A jovem lembrou-se imediatamente do mordomo que lhe tinha servido café, ela recordou-se de ter reparado no seu físico atlético. Era o tal Miguel, que tinha trocado a roupa de motorista por uma de mordomo para servir-lhes café. Neste exato momento, Louise tomou consciência de que estava perdida e um sentimento profundo de pânico e medo tomou conta de seu corpo. Louise teve seu corpo arrastado violentamente para dentro da biblioteca novamente, teve todas suas roupas rasgadas até estar completamente despida diante de Nicolai e Miguel, agora também despido de seu uniforme de mordomo.

-Sua putinha atrevida, vamos fode-la como você nunca foi fudida em sua vida. - disse Nicolai em tom de desprezo olhando para a jovem.

Louise fechou os olhos tentando fugir ao embalo daquela voz, permitindo que ela acariciasse apenas as bordas da sua consciência. Imediatamente ela sentiu os lábios masculinos buscarem seu corpo com selvageria, com a fúria possessiva do desejo, a língua de Nicolai procurando a dela, experimentando sua boca, os seus dentes lisos e brancos. A jovem estava cheia de marcas roxas nas costas, no ventre, nos seios pequenos de bicos rosados e no rosto melado de sangue. Ela inteligentemente optou por ser possuída aparentando uma submissão trêmula, mostrando uma frieza que não julgava possuir ao se apoderar de uma técnica onde ia deixar que os homens violentos, cheios de excitação, a vissem aceitando servilmente seus abusos, aparentando apreciar a brutalidade contra seu corpo e saboreando a punição "justificada". Na concepção dela, o estoicismo na dor era algo que os sádicos não suportavam e uma mulher que adotasse essa atitude os atingiriam por mostrar-lhes sua incapacidade. A jovem mesclava insatisfação com doses provocantes de zombaria sutil e medo fingido, com tentativas teatrais de escapar.

Ela engatinhava pelo chão, agarrava-se à porta trancada quando Nicolai e Miguel a arrastavam de volta, chorava de desgosto enquanto eles a mordiam nos mamilos e na sua vagina, lambendo seus ferimentos com sons animalescos. A simplicidade do apelo sexual de Nicolai e a estupidez da libido de Miguel não impunham limite as suas ações. Nicolai não ia além do gesto do sangue dela e do som de seus gritos de dor enquanto Miguel a sodomizava e lhe esfregava o clitóris. Em um determinado momento, Nicolai se apossou de alguns instrumentos de tortura para ele ter com que feri-la. Havia algemas, cordas, lâminas e cassetetes que serviam tanto para serem enfiados nela quanto para agredi-la. Miguel sugeriu num ritual cada vez mais sofisticado, que a jovem usasse tecidos negros no órgão genital e enfiasse um capuz na sua cabeça. Nicolai sentia a sua excitação aumentar cada vez mais ao ver o sangue escorrendo entre as pernas de Louise, os pingos caiam no chão. A carne nua dela tremia, os pêlos púbicos acetinados e finos cor de cobre estavam embebidos de sangue enquanto Miguel enfiava violentamente seu membro no ânus da jovem.

-Não, eu não vou agüentar muito tempo esse suplicio. - bradou algo dentro da mente da jovem.

Ela ia sentindo a ereção de Nicolai crescer cada vez mais contra seus diminutos seios, enquanto ele continuava pressionando o sexo no seu corpo. De repente as batidas do coração de Louise foram ficando mais lentas. Uma náusea imensa a invadiu, como se seu sangue fosse feito de bile. Algo pareceu girar estranhamente na sua cabeça.

-Não posso vomitar agora. Oh, meu Deus, se eu fizer isso... - pensou ela, segurando com força o braço de Nicolai.

Nicolai interpretou aquele gesto de desespero como sinal de desejo e começou a beijá-la com fúria renovada. A jovem ouvia o próprio coração batendo loucamente nos seus ouvidos. Ela ficou tensa quando as mãos de Miguel se apossaram de seus pequenos seios e os dedos fortes passaram a espremer seus bicos rígidos com insistência. Com um frio nos ossos, todos os seus músculos se contraíram. Uma chama escaldante queimava no seu estômago, e o suor brotou em sua testa. Seus seios estavam doloridos, as pontas eretas, com a pele arrepiada em volta. O ar frio da noite passava em ondas por suas costas inchadas.

-Por favor, tenham seu prazer logo! - implorou ela, sentindo que começava a perder as forças.

Os lábios dela estavam agora inchados e vermelhos. Nicolai chupava seu pescoço, aspirando sua carne macia como uma ventosa. Ela soltou seu corpo sobre o de Miguel que bombava seu falo profundamente dentro do seu ânus quase dilacerado, com um arrepio que subia e descia em sua espinha, percorria seus braços, dançava como um fantasma em suas coxas abertas. Miguel passou agora a massagear-lhe os seios com movimentos circulares, depois suas mãos desceram para acariciarem seu clitóris inchado. Repentinamente, como por milagre, a náusea e a dor foram sendo substituídas por um intenso desejo sexual e a jovem hesitou em deixar estes sentimentos de prazer se apoderar de seu corpo. Contendo a respiração, ela estremeceu numa doce agonia, incapaz de abafar o desejo que a dominava. Sentia entre as coxas aquela umidade quase esquecida. Louise tremia, com a boca seca, a umidade de seu sexo aumentando, escorrendo na parte interna das coxas numa excitação que jamais sentira. Louise olhou novamente para o membro de Nicolai, boquiaberta de surpresa. O tamanho daquele pênis era chocantemente fascinante, mais pelo modo indiferente com que ele o expunha, como se fosse algo muito comum. Louise o imaginou totalmente enterrado dentro dela, desaparecendo na moita da sua penugem, criando em suas entranhas estremecimentos quase doloroso, de prazer e gozo. Agora ela não lembrava mais da náusea, seu rosto cintilava repleto de desejo. Nicolai tinha o corpo cabeludo e os pêlos curtos e crespos cobriam seu peito e recomeçavam abaixo do umbigo, espalhando-se, espessos, sobre os órgãos genitais. Os pêlos mais curtos seguiam a fenda que separava as nádegas bonitas e firmes. O pênis retesado de Nicolai era reto, muito grosso e tinha a ponta arredondada e quando ele a penetrasse, seria direta e profundamente. A jovem estendeu os braços para tocar no pênis avantajado do homem, mas, ele deu-lhe uma palmada na mão e ela ergueu os olhos, magoada e assustada. Ele deslizou a mão entre as pernas dela e ele sentiu a jovem estremecer, gemendo de prazer quando ele começou a massagear a sua vulva, abrindo a vagina rosada com dois dedos e olhando atentamente para o clitóris úmido e vermelho escuro. Nicolai deslizou seu corpo para cima da jovem, encostando-lhe o pênis enorme no nariz e na boca. Ela fez uma careta, então, ele a agarrou pelos cabelos com uma das mãos e empurrou o pênis selvagemente na direção da sua boca. Instintivamente, ela fechou seus lábios inchados com força.

-Abra - ordenou ele, em voz alta. -Quero que você chupe.

A jovem ergueu os olhos para ele e sacudiu a cabeça negando. Nicolai recuou um pouco, levando as mãos aos mamilos dela. Antes que ele recomeçasse a torcê-los, a jovem compreendeu que tinha que obedecer. Ela escancarou a boca imediatamente e por um momento, o pânico a invadiu novamente, e então o membro teso dele estava quase todo inserido no interior da sua boca. Com os músculos da garganta tensos, a jovem pensou que iria sufocar sem ar. Instintivamente ela apertou os dentes contra o músculo rígido e macio dentro da sua boca e ouviu o grito agudo de Nicolai.

-Sua cadela! - sibilou ele.-Não me morda!

Imediatamente, a jovem abriu mais a boca; ele retirou metade do pênis e depois empurrou-o com força para dentro novamente, o falo imenso parecia criar vida própria dentro da boca dela. Com movimentos ritmados do corpo, para dentro e para fora, Nicolai usou a garganta da jovem impiedosamente. Em pouco tempo sua boca já estava repleta de pré-gozo de porra e na medida em que engolia este liquido viscoso salgado, lágrimas escorriam de seus olhos. Para Louise, foi uma eternidade se ver empalada na boca e no ânus. Ela perdeu a noção de onde estava, não sabia mais que parte do seu corpo eles estavam usando, ela tinha se transformado numa floresta de nervos expostos, e estremecia e se arrepiava a cada estocada e toque. Dominada a raiva, ela submeteu-se, chupando ávida e ruidosamente, os movimentos dele se aceleraram, e a jovem perguntou a si mesma se estava se sentindo violentada... Ou em êxtase. O pênis dele estava fazendo o impossível, crescendo e endurecendo cada vez mais, entrando e saindo da boca dela com um ímpeto selvagem, sempre derramando gotas e gotas de pré-porra na sua língua. Louise respirava com dificuldade, com a boca cheia distendida ao máximo, seus lábios inchados, a garganta em carne viva, os seus braços formigando e meio dormentes. Nicolai percebera que chegara a hora de penetrá-la, enterrar seu músculo retesado dentro do sexo da jovem, ele ergueu-lhe os quadris com as duas mãos e lentamente começou a enterrar seu falo no interior do corpo da garota, sincronizando seus movimentos com Miguel que continuava bombando seu falo no ânus dela. Ao sentir-se penetrada por dois membros, Louise susteve a respiração por alguns momentos e gemeu de prazer.

-Por favor! - gemeu ela. -Por favor, por favor, eu quero tudo, dêem para mim. Enfiem com força!

A voz dela tinha o tom monótono e diabólico da obscenidade, cada palavra pontuada pelos movimentos dos corpos deles.

-Mais... Oh, sim, mais, mais, com mais força, com mais força! - gemia ela.

Louise abriu os olhos e abriu mais as coxas para facilitar os movimentos de penetração dos homens. Ambos passaram a penetrá-la mais rapidamente e insistentemente. Nicolai soltou um urro, desabou seu corpo sobre o da jovem e se deliciou com a sensação deliciosa da sua ejaculação sendo derramada como uma mangueira escaldante dentro do sexo apertado e macio da jovem. A cada estremecimento pulsante de seu sexo, um jato espesso de porra era lançado dentro do corpo perfumado da jovem. Após vários estremecimentos sobre o corpo de Louise, Nicolai se acalmou, seu falo aos poucos derramou as últimas gotas de sêmen e foi aos poucos amolecendo dentro da vagina dela. Miguel deu um gemido, bombou seu falo com firmeza e num último movimento, enterrou-o profundamente dentro do corpo da garota, soltando jatos e jatos de esperma viscoso e esbranquiçado no seu interior. Nicolai deixou o corpo da jovem e Miguel, mais viril, enquanto a jovem se recuperava de seus orgasmos, virou o corpo da jovem de bruços e enterrou novamente seu membro duro dentro do ânus apertado da jovem. Miguel agarrou uma almofada com uma das mãos e posicionando-a frente ao rosto entorpecido da jovem, pressionou-a contra a sua boca e seu nariz com toda a força, enquanto seu pênis penetrava com toda violência e mais profundamente o corpo de Louise. A pressão sobre o rosto da jovem era violenta e dolorosa. O nariz achatava-se e a sua boca estava aberta. Os seus lábios doíam de encontro aos dentes, a sua língua sentia o gosto amargo do couro da almofada pressionando o seu rosto. Ela tentou respirar e constatou que não podia. Ela nunca tinha levado a sério a história de mulheres sendo sufocadas por almofadas, mas percebia agora que os braços fortes de um homem não deixavam espaço para ela respirar. O pênis rígido dentro do seu ânus empurrava-a pesadamente quando ela tentava se erguer. Seus braços também estavam imobilizados e percebeu também que não conseguia alcançar seu agressor. Ela tentou desesperadamente virar o seu rosto para a esquerda o para a direita, mas, a pressão da almofada a envolvia como um torno assassino. Louise enfiou as unhas nos ombros e no peito dele, procurando atingir os mamilos dele, mas sua tentativa foi inútil. Os espasmos do pênis do homem mostravam que a sua segunda ejaculação se aproximava, e ela não podia ouvir nada além dos seus próprios gemidos sufocados. A jovem sentia os seus pulmões em fogo vivo, ela sabia que só teria forças para mais alguns segundos de desesperado esforço até desfalecer completamente. Ela tentou erguer um joelho para golpeá-lo, mas, com ele dentro dela, suas pernas abertas eram inúteis. Levada pelo pânico, ela tentou empurrá-lo com toda a força do seu corpo jovem, mas, este esforço também se mostrou insuficiente e a forte pressão em seu rosto mostrava que seu agressor realmente desejava matá-la. Ela já começava a ficar tonta e prestes a desmaiar quando ele teve novamente seu gozo. Enquanto recebia o resto de porra espessa que sobrara dele dentro do seu corpo, seus olhos se fecharam e ela sentiu ser lançada na escuridão da inconsciência, tudo se apagou na sua mente. Quando Louise retornou à consciência, ela percebeu que estava num carro e o ar fresco da noite entrava pela janela, trazendo o perfume de jasmim para alívio de seus sentidos. Ela admirou ao ver suas roupas arrumadas, outras naturalmente, seu cabelo penteado com perfeição. De anormal havia apenas a moleza que sentia no corpo, sentia os seus membros doendo, a sua boca estava inchada, os mamilos irritados, as coxas e o púbis estavam machucados, ela sentia uma dor aguda nas costelas quando respirava fundo e um leve desconforto nos seus orifícios penetrados rudemente pelos seus algozes e por mais que tentasse, não conseguia detectar a presença de espermas que haviam sidos derramados dentro e sob seu corpo. Ela tinha certeza absoluta que tinha sido drogada.

-Onde mora, senhorita? - Era a voz de Miguel. -Vou levá-la para sua casa. - não recebendo resposta, o mordomo-motorista procurou animá-la: - Agora a senhorita vai descansar. O senhor Nicolai me disse que apreciou muito a senhorita, ele sentiu muito prazer com o seu corpo.

Enquanto a jovem olhava pela janela, ela ia reconhecendo o caminho de volta e a voz de Miguel parecia vir de outro mundo.

-O senhor Nicolai é um homem muito importante, ele sempre consegue o que quer. Compreende senhorita? Agora me diga qual é o seu endereço, por favor.

A jovem sacudiu a cabeça como se quisesse acordar de um horrível pesadelo, aquelas palavras traziam de volta um horror e um absurdo que ela jamais poderia aceitar. Foi neste momento que ela viu o carro da polícia rodoviária. O carro estava parado num posto de observação que funcionava 24 horas. Dentro da viatura estavam dois policiais que se alimentavam de sanduíches em pratos plásticos. Louise imediatamente abriu a porta do Rolls-Royce ainda em movimento e Miguel freou instintivamente o veículo. A jovem se atirou no asfalto, ignorando a buzina, e saiu correndo na direção dos policiais, que a observavam com curiosidade.

-Fui violentada... - ela falou desesperada, agarrando-se a janela do veículo policial. -Fui surrada e estuprada!

Louise virou-se na direção do Rolls-Royce apontando os dedos para o carro, cuja porta traseira Miguel estava fechando tranqüilamente, como se nada houvesse ocorrido.

-Ele ajudou... Segurou-me a força. Socorram-me, por favor! - ela sentiu a sua vista escurecer e ao desvanecer novamente, ouviu vozes e braços fortes a ampararam.

A distância, um guarda uniformizado aproximou-se do Rolls-Royce. Miguel estava parado ao lado, sorridente, calmo e muito alinhado em seu uniforme cinzento.

-Acabou-se. -pensou Louise. Mas uma ligeira sensação no interior de seu intimo a avisava de que ela se envolvera em algo que apenas estava começando...

2 comentários:

Anônimo disse...

Forte.....sem perder linha dos outros faz a imaginação fugir....ainda mais qdo ja se teve desejos de ser possuida contra a vontade pra saber como é......parabens

Maiara Melara disse...

Nossa estou tremendo aqui...
que historia aterrorizante...
espero que nunca aconteça comigo!